terça-feira, 29 de novembro de 2016

O som do silêncio

Quando você tira os fones de ouvido e pode ouvir o som do silêncio reinar. Comigo o efeito parece ser ao contrário!  Quando tiro os fones posso ouvir,realmente ouvir o som! O som da da vida! Sons que ninguém consegue,quer ou para pra escutar.
Sabe quando tudo estava claro e só você parecia estar com os olhos fechados,se impedindo de ver? A claridade. É como um instinto, ele não nos abandona,quando se têm.
Quem você é, e para o que foi feito. Pode ser recriado, reinventado,mascarado,escondido,esquecido...chame do que quiser e como foi erro.  Isso não importa.
Certas coisas são inabaláveis e sempre estarão lá com você, podem ser invisíveis nas não as subestime! Invariavelmente e certamente elas são a sua tábua de salvação, sua alavanca quando você precisar sair do fundo.
Eis aqui minha tábua de salvação,meu botão da sanidade, que diferencia minha realidade dos meus decorrentes devaneios. Quando me perco nos abundantes questionamentos da vida:passado, presente e futuro, e para que serve tudo e o que fazer com todo o resto. Quando estou prestes a sucumbir na escuridão de meus olhos fechados. Minha luz no caminho...O que só sei fazer, o que meu instinto me traz como é tal quanto respirar! O que me faz lembrar quem sou! Quem verdadeiramente sou! Aquela à  quem ninguém à luz conhece! Eu só sei que é o que sei ,o que sou,o que respiro. Escrever,definir,recitar,ou "divagar" as opiniões divergem, declarar, expressar...É o que sei fazer...E como só sei melhor fazer para expor minhas intensas e sempre descontroladas e desconhecidamente profundas emoções.
Sim eu sou profunda em tudo! Intensa no amor e na dor! E não me subestime, pois no representar também me destaco.
Então não ouse querer me decifrar! Querer me simplificar! Eu não sou simples,eu não sou razoável! Eu não sou normal! Eu não sou...Porque eu não sou rasa, não sou superficial,não sou fraca, não sou esquecida muito menos.
Quase todo tempo eu também não sei quem sou e para onde vou, me sinto vivendo perdida.
Só sei o que é certo ou errado quando estou aqui,  e aí aquela linha,aquela corda invisível que lhes falei lá atrás, ela aparece pra me tirar do fundo, me deixar abrir os olhos e ver!
É quando os fones de ouvido caem, aí que a música real começa a tocar. Quando estou aqui...escrevendo...Tudo que sei...O que só sei.
Eu não tenho mais acertividade do que é melhor entre viver ou morrer, e aquilo que procuro entre os dois. Até mesmo porque nem tudo que parece é,nem sempre uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. As vezes uma coisa é uma coisa e outra coisa é uma coisa também!
Eu sei que é confuso! É um pouco disso e daquilo que carrego aqui...
Mas vou tentar esclarecer. ..Nem sempre respirar é estar vivendo! Como nem sempre morrer é deixar de viver...compreende?
Eu também quase nunca entendo...São só lapsos que preenchem as vezes meu entendimento... Como acordar e ter apenas alguns flashes do sonho que você teve,vagas memórias,cenas vagas.
Pois é aqui que tudo faz sentido pra mim...que eu pareço finalmente respirar de verdade...escrevendo...
Obrigada pela companhia,é ela que me motiva a "respirar".
Imaginar que assim eu possa talvez lhe trazer um pouco de ar também...Talvez, quem sabe?
"Só sei que nada sei! E tudo que sei me basta".

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