quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dos doze ao vinte e quatro


Quando eu tinha 12 anos, eu tinha certeza de que o mundo iria me machucar, mas tinha fé de que eu sempre teria ao menos um bom amigo pra chorar em seu ombro.
Tive muitos amigos, muitos mesmo! E cheguei a achar que eles me amavam, me veneravam...
Os amigos foram diminuindo e fugindo daquilo que eu sempre pensei que seria a realidade me mostrou outros lugares.
Mostrou-me a solidão e me mostrou o tempo.
A solidão me falou de como saber dar valor as pessoas que estão á nossa volta, elas podem evaporar á qualquer hora.
O tempo me disse da importância e diferença que certas coisas tinham e do que tem agora.
Agora com o dobro, exactamente 24 anos, doze anos se passaram e fatalidades e cicatrizes foram uma parte de um todo que eu posso ainda fazer diferente.

Posso ainda pedir perdão e tentar explicar para quem eu amo como dói ver que essa pessoa tem vergonha de mim.
Posso tentar imaginar, nossa essas serão suas lembranças de mim, e me envergonha saber disso.
E sou só eu comigo mesma agora pra desfazer essa confusão e encarar os fatos, de que estou desempregada, não quero continuar a faculdade... Não sou a filha perfeita do Papai e não é isso que quero. Eu só quero ser diferente, eu só quero ser Aline.
Me perdoa porque essa deveria ser sempre EU em tempo real e constante que sabe ser paciente, que sabe conversar, que sabe mostrar á você o quanto eu te AMO minha irmã.
E o quanto dói te desapontar, perdão!
EU SÓ NÃO QUERO SER PERFEITA.