domingo, 9 de julho de 2017

Ela é o Caos


Sua vida nunca foi fácil, ela nunca foi vista como meiga e jamais ficou calada diante de alguns absurdos. Ela é, ela chora, ela ri, ela transborda e ela briga. Ela não sabe o que é ser meio-termo. Ela sempre foi o oposto, ela vive em uma corda frouxa. Ela nunca troca o preto pela cor de rosa. Ela sabe odiar, mas também sabe amar. Ela é o amargo e também o doce. Demostra entusiasmo inesperado, mas seus medos estão sempre escondidos dentro desse seu jeito forte de ser. Ela busca determinação nas segundas-feiras e o tédio em dias de domingo. Ela é sim e não. Ela tem inúmeras perguntas, mas também tem a maioria das respostas. Ela demonstra grande dureza, mas na verdade tem o coração mole.
Ela passa a impressão de ser uma mulher fria simplesmente porque não quer que todos saibam da quentura que vive em sua alma. Ela acaba se perdendo entre as pessoas e se encontra perdida em seus sentimentos. Ela consegue entender todo mundo e muitas vezes não é compreendida por ninguém. Ela acaba se tornando a tristeza em pleno carnaval, e se torna a alegria em dias chuvosos. Ela é uma mulher extremamente impulsiva, mas muitas vezes é o acaso que lhe guia. Ela é a confusão em meio à calmaria. Ela é a tempestade disfarçada de tranquilidade, Ela procura o silêncio, simplesmente porque a sua mente a ensurdece. Ela acaba sendo vista como uma mulher estranha, mas na verdade é uma mulher interessante.
Quando fica em silêncio, sua mente acaba narrando todos os seus sentimentos. Ela é verão e também inverno. A estação florida não é para ela. Ela prefere a beleza que os cactos carregam, pois são resistentes, fortes e rústicos. Com ela é tudo ou nada. O meio-termo a desconcerta e terremotos simplesmente a restauram.
Ela não consegue se ajustar ao comum e não atende às esperanças alheias. Sabe chorar quando alguém está esperando um simples sorriso seu e reage quando imaginam que ela já está derrotada. Ela se torna cinzas para simplesmente renascer na hora certa. Ela visita o inferno das suas próprias emoções e volta ainda mais intensa e forte.
Ela prefere a paz de seu quarto, mas também busca a fúria que o mar oferece. Ela se diverte muito mais em sua casa do que em uma balada carregada de bebidas e sentimentos vazios. Ela é a coragem e também o medo de amar. Ela sabe ser companhia e também solidão. Ela sabe valorizar o começo, mas está ciente de que alguns fins são extremamente indispensáveis. Ela não se convenciona ao comum, pois sabe ser o extravagante, principalmente em seus sentimentos. Ela demostra ser calmaria, mas na verdade ela é uma grande confusão em meios aos seus sentimentos.
A.  Azevedo